sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz ano novo

Imaginem um novo ano com tudo novo, imaginem a felicidade triunfando diante da tristeza, imaginem um novo ano sem dor e mortes, imaginem a paz reinando entre os homens, imaginem neste ano que está para entrar o rico doando um pouco da sua riqueza para os pobres, imaginem Brasília sem corrupção e o nordeste sem fome, imaginem negros e brancos falando a mesma linguagem, imaginem o evangelho sem cantores e pregadores vigaristas.

Dando sequência a minha imaginação, imaginem um mundo sem meninos de rua e os hospitais vazios sem doentes, imaginem um governo não mais aristocrático, mas teocrático, imaginem este novo mundo sem o Papai Noel sarcástico, sem o carnaval, sem prostituição e sem o ódio e a raiva, imaginem a paz sorrindo e a tristeza banida para sempre, imaginem a fé sem denominação, imaginem o cristianismo sem o homem e seus dogmas, apenas imaginem, pois neste novo ano, seja feliz e não triste.

Ainda na minha imaginação, imaginem a política sem interesse na "grana" e os líderes mundiais prostrados diante da Cruz, imaginem o amor saindo das novelas e entrando no mundo real, imaginem os missionários pregando o evangelho sem negócios, imaginem os pastores da mídia com seus terninhos e discursos maquiados pregando nas favelas, imaginem o triunfo da fé e a derrocada da razão, imaginem a cura do câncer e outras epidemias, imaginem ruas vazias e cemitérios vazios. Não se assustem Jesus pode voltar neste novo ano. Imaginem, Jesus voltou...  
Pastor José Barbosa

Um segundo depois da morte

“Que tristeza para você que vai partir, a vida é tão bela, você diz que não quer ir, é a tua alma que deseja salvação”. Este trecho de uma das canções de Elson Rodriguês retrata bem o destino do homem, pois a vida é bela e também muito curta.

As ilusões da existência humana são muitas e o encanto desta fábrica de ilusões às vezes nos faz pensar que somos eternos. Este afã pelo aqui e agora nos faz esquecer-se do depois, pois para alguns dessa existência a vida nunca vai acabar, isto é, seremos eternos e não importa o que vem depois.

A escritura declara: “Que morrendo o homem, segue-se o juízo”, ou seja, no além não há mais lugar nem para o choro, nem para a vela e nem Ave Maria ou qualquer outra prática religiosa, pois na eternidade o homem será julgado sem chance de defesa.

Faço-te uma pergunta, homem ou mulher dessa existência: “Onde você deseja estar na eternidade?” Pois você querendo ou não irá comparecer ante o tribunal de Cristo. O homem aqui sempre dá um jeitinho de resolver seus dilemas existenciais, mas na eternidade não tem como escapar, é céu ou inferno, pois lá não tem Purgatório ou Limbo, mas sim o juízo de Deus, que será implacável com o homem, ou seja, não tem como escapar. Deus chama o homem para uma nova vida com Ele e esta vida com Deus, significa um passaporte para a vida eterna.

O melhor caminho para o homem existencial concreto é voltar-se para Deus, enquanto pode, pois na eternidade de Deus, onde o “fim não tem fim”, o homem se defronta com uma dura verdade, pois agora não existe mais lugar para brincar até o “Dia do Juízo”.
Pastor José Barbosa


sábado, 25 de dezembro de 2010

Por una cabeza

Este famoso tango de Carlos Gardel retrata a derrota por apenas uma cabeça, isto é, o cenário é uma corrida de cavalos e a derrota eminente por muito pouco. Partindo desse pressuposto, faço uma analogia com a corrida da vida, ou seja, não importa como vamos chegar, mas é necessário chegar, mesmo que seja por uma cabeça.

A luta pela chegada deve estar muito ligada ao ponto da partida, pois dependendo da partida, assim será nossa chegada, mas correremos sempre abraçados a santa misericórdia divina, que é o elemento maior da fé cristã. Amados, não podemos nos envolver com os acidentes desta carreira, pois sempre acontecerão, mas o que é importante para o guerreiro da fé é chegar ao fim da carreira, mesma que seja por uma cabeça.

O guerreiro Paulo, apostolo da fé vencedora, tinha como slogan o prosseguir para o alvo, sem nunca recuar, pois Paulo estava certo de que os acidentes não conseguiriam parar sua carreira. Os acidentes estão por aí, paquerando os fracos e desanimados, que são profissionais da fé medíocre e “babacona”.

Como Gardel cantou no seu tango, precisamos não se prostrar na carreira, pois a nossa chegada está muito próxima, por isso, não podemos desanimar, mesmo que forte desânimo venha afrontar, o nosso objetivo não pode afagar, pois melhor que o início e o meio, sem nenhuma dúvida é o profético e maravilhoso fim, isto é, onde estaremos para sempre com Ele, mesmo que seja por uma cabeça.
Pastor José Barbosa

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Medo

É uma manifestação intrínseca ao ser humano e profundamente inata, onde o ser humano sofre e chora sua dor interior. De acordo com Hobbes, filósofo inglês, o medo é uma paixão por excelência, a que mais demonstra nossa vulnerabilidade, isto é, no medo o homem torna-se mais humano, mais frágil.

A utopia do super-herói sem medo é pura fantasia da ficção, pois no mundo real, o medo mostra sua cara e deixa-se ser visto, ou na verdade, o medo é muito mais real do que pensamos. A Teologia Paulina procura afugentar o medo, pois na idéia teológica de Paulo, a fé é guerreira e não teme o medo, isto é, na visão de Paulo o medo é um grande vilão e precisa ser vencido.

Na raiz selvagem do homem está muito presente o medo e algumas Ciências tentam explicar, por exemplo: a Filosofia, a Sociologia, a Psicologia e a Psiquiatria, mas o medo é um movimento intenso dentro do ser humano e o único meio de abrandá-lo é voltar-se de coração e mente para o nosso Deus, Senhor e Salvador.

Como o budismo que procura enganar o medo, assim também alguns, através de técnicas humanas procuram amenizar a dor do medo, pois lá no fundo o “medo do medo é o grande medo”. A fé pura em Jesus ainda é o melhor mecanismo de escape para o sujeito do medo, pois tudo o que o medo teme é o confrontamento, isto é, resistí-lo bravamente, mediado pelo evangelho, que é o único remédio para o medo.

Encerrando essa reflexão deixo claro que já tive medo, ainda luto e sei que lutarei sempre, mas o melhor antídoto para o medo é encará-lo sem medo.
Pastor José Barbosa


sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A desilusão de um pastor

Estou convivendo com minha lamentação, e através dela tento demonstrar minha dor e melancolia profética, pois vejo o ridículo triunfar diante do evangelho histórico-ortodoxo. O conteúdo bíblico foi trocado pelo barulho vazio de alguns "pentecosnóides" lunáticos, que pregam para entreter igrejas, circos.
         

Meu coração de pastor está cada vez mais triste, pois, vejo o púlpito pentecostal cada vez mais sem a verdade bíblica, isto é, a diversão de domingo assumiu o lugar da exegese bíblica. De acordo com Tozer, se a verdade completa fosse dita muitos de nós raramente pensamos a respeito de Deus.
         

A confissão evangélica da década de 80 pregava o arrependimento do mundanismo, e uma volta para a escritura, ou seja, seguir doutrinas centrais: “Só a escritura”, “ Só Cristo” e “ Só a graça”. De acordo com Neil Postman o culto tornou-se um show onde o pregador é o máximo. Deus vem como um segundo banana.
          

Michael Horton reage dizendo: “Temos feito o nosso soberano Senhor quase tão barato como a escova de cabelo que tem seu nome estampado”. De acordo com Boice: “O evangelho é um produto, a igreja um balcão e o pecador um consumidor”.
         

O show assumiu o lugar do culto e tudo é uma festa de arromba, ou os embalos de domingo à noite, ou seja, a banalidade tomou conta e criou filhotes, pois quando acaba um banal surge outro em seu lugar. Esta chegando a hora dessa gente pastoral desiludida mostrar a cara de ser feliz.

Pastor José Barbosa

Deus é bom, mas não abuse.

A expressão paulina "Pela graça sois salvo" deixa muito claro, que a graça necessita de uma boa conduta moral, alojada nos princípios de Deus.
           


De acordo com Bunyan, Deus é bondoso acima de qualquer medida, mas é perigoso a abusar dessa bondade, pois ela merece todo o respeito de um filho de Deus.
           


No mundo mitológico dos deuses humanos, a bondade não existe, pois o homem por si só, não consegue ser bom, ele necessita de um Deus bondoso para ensiná-lo, isto é, o homem só consegue ser bom, quando sua vida está totalmente entregue a Deus.
           


A bondade de Deus é inegociável, ou na verdade, não pode ser comercializada, pois Deus é bom e dentro de sua soberania, não tem lugar para a maldade, pois o grande atributo de Deus é ser Santo e Bom.
           


O homem de vez em quando brinca com esta bondade, e isto se torna um grande abismo para o cristão da fé. Somente um Deus tão soberano e absoluto, pode ser bom e aproximar o homem da sua bondade, mas deixando claro que existe um critério divino, isto é, ser santo e bom.
           


O homem pode duvidar de muitas coisas, de sua crença, dos mitos, dos ritos, dos deuses e de qualquer manifestação simbólica, mas é impossível, duvidar de um Deus tão bom.
PASTOR JOSÉ BARBOSA

  

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Piquenique da fé

De acordo com Pascal a palavra diversão representa o maior de todos os males para a sociedade, pois a expressão diversão vem do latim devertere e significa desviar o olhar para o outro lado. Dentro deste contexto, percebemos que a diversão ou entretenimento não é algo bom para a fé cristã.
       


Precisamos trabalhar melhor o conteúdo da fé, pois hoje alguns evangélicos de alguns evangelhos têm produzido uma fé muito “oba oba” e sem nenhuma estruturação teológica, ou seja, a fé foi trocada por uma forma de vida cristã muito medíocre.
       


A fé sem base bíblica torna-se um ideologismo vazio e sem vida, pois a fé como forma de vida cristã, necessita de uma base bíblica. Tem muita gente crente brincando de ser crente, utilizando a nomenclatura como meio escapista, pois fica perceptível na prática que a fé professada é apenas um “teorismo” plástico.
       


O sermão histórico e a doxologia de culto é trocada pelo sermão motivacional e pelas canções de vitória e prosperidade, isto é, o pregador e o cantor evangélico são na verdade animadores de auditório que não se preocupam com a verdade, pois a verdade teológica histórica confronta valores mentirosos e equivocados.



Estamos necessitando não mais de shows evangélicos, mas sim de uma proposta de seriedade cristã acoplada à verdade ortodoxa, pois a fé só sobrevive mediada pela verdade bíblica.

                                                                                                           
Pastor José Barbosa

Estão substituindo Jesus

O momento histórico da igreja é altamente delicado, pois os objetos e o homem estão assumindo o lugar de Jesus e dentro deste contexto, o evangelho sofre a sua metamorfose ambulante.
              

Ora, o Espírito afirma expressamente que, que nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensino de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade. 1 Timóteo 4: 1 ao 3.
               

Estes textos bíblicos estão bem presente no mundo evangélico pós-moderno, isto é estão arrancando Jesus da liturgia e colocando no seu lugar elementos da lei e do novo misticismo evangélico.
              

Estamos necessitando de uma ortodoxia bíblica e uma apologética convertida ao conteúdo bíblico, pois não agüentamos mais a introdução de fantasias e mentiras em nome de Deus.
             

A fé em Jesus Cristo é autônoma e não necessita de amuletos escapistas usados em nome de uma fé muito rasa e vazia. Estão brincando com o evangelho sério, ou seja, estão colocando alguns objetos do legalismo judaico, do candomblé, da filosofia oriental e alguns outros elementos.
            

Amados, a coisa evangélica está feia e a liturgia minada por caçadores de ilusões, que usam o nome de Deus em vão e não respeitam o senhorio de Jesus.
Pastor José Barbosa     

Evangelho é sofrer

No evangelho de João o Senhor Jesus nos ensina que no mundo tereis aflições (João16: 33), isto é, seguir o evangelho de Jesus é carregar no corpo as marcas de Cristo.


De acordo com John Piper, para sofrer bem é necessário morrer, ou seja, só morrendo para o mundo, aprendemos a sofrer em Jesus e suportar as aflições.
          

Lina Sandell que era filha de Jonas Sandell, pastor da igreja luterana na Suécia, quando tinha vinte e seis anos, acompanhou seu pai em uma viagem de barco para Gothenberg. Durante esta viagem ele caiu e afogou-se diante de seus olhos. A tragédia afetou Lina profundamente e a inspirou a escrever hinos, sendo o “Day by Day” – (Dia a Dia), um dos mais conhecidos.
         


Em Romanos, capítulo 5:3, Paulo nos ensina nos gloriar nas tribulações, isto é, sentir gozo no sofrimento, pois o sofrimento a partir do evangelho é um preparo para o reino de Deus.
        


Em Atos (14:22), aprendemos que é necessário que passemos por muitas tribulações para entrarmos no reino de Deus. John Bunyan aprendeu que no sofrimento e na dor  o nome de Jesus Cristo é Glorificado.
        


O evangelho de Jesus Cristo propaga a soberania de Deus e sua misteriosa bondade, pois para Bunyan, Deus é bondoso acima de qualquer medida, ou seja, mesmo no sofrimento, enxergamos a bondade de Deus, que glorifica o nome soberano do Senhor e o seu evangelho como a melhor proposta para a vida de um cristão.
                                                                                                                              Pastor José Barbosa

Chama do Espírito

Não desejo ser saudosista, mas o meu coração cristão anela por um evangelho histórico desinstalado do mundanismo e de um caráter cristológico. Os grandes ícones do evangelho histórico trilharam um caminho de oração e de consagração a Deus, isto é, viveram uma fé genuína e cheia do Espírito Santo, e acima de qualquer coisa, Deus era o movimento de suas vidas.


O evangelho histórico de confissão bíblica tem como primazia o conhecimento e a chama do Espírito, pois uma vida cristã só com o conhecimento é fria e por isso necessita da chama do Espírito.


Estes dois elementos são primordiais para o crescimento de um cristão que deseja um evangelho abundante e triunfante, ou seja, uma vida cheia do Espírito Santo.


Não podemos mais viver o evangelho do freguês, pois este evangelho não é bíblico, mas sim um evangelho descomprometido com o reino que não abraça o fervor do Espírito e o sobrenatural de Deus que é o ponto máximo de um cristão histórico.


Necessitamos voltar um pouco no tempo e vislumbrarmos os cultos e asa liturgias e perceberemos com certeza que os cristãos eram piedosos e mais tementes a Deus.


O mundo pós-moderno criou seus filhotinhos e eles estão instalados em alguns cultos evangélicos, isto é, são cristãos que professam uma fé cristã, mas tem alergia a chama do Espírito e ao sobrenatural de Deus.


Estes cristãos vão para o céu, mas estão perdendo uma grande oportunidade de sentir um pouquinho do céu aqui.
PASTOR JOSÉ BARBOSA



O evangelho dos cachês

É muito lamentável o que está acontecendo com o evangelho de Jesus, isto é, o mundanismo secular entrou dentro dele, produzindo uma metamorfose diabólica, ou seja, o sacro foi trocado pelo profano.

Os ícones da fé evangélica no passado, não cobravam pra pregar ou cantar, eles adoravam a Deus com um comportamento litúrgico de lealdade e respeito ao sagrado, mas o que estamos vendo hoje é uma desmoralização do sagrado em troca de um “profanismo” ridículo.
       
O louvor é santo e o cantor deve ser santo, assim também a pregação é santa e o pregador deve ser santo, pois qualquer coisa que foge a esses princípios é puro mundanismo e o que estamos vendo hoje é uma grande afronta ao Deus Santo.

Quando um pregador ou cantor evangélico cobra um cachê, isto implica que Deus não tem nenhuma responsabilidade com ele, pois o melhor caminho de um sacerdócio santo é confiar que Deus vai tocar no seu sacerdote para abençoar com uma oferta de amor, e por incrível que pareça e por mais idiota que seja eu acredito que Deus cuida do filho chamado por Ele.

O púlpito evangélico não é cabine de emprego, ou profissionalismo barato, mas é na verdade um local diferenciado onde Deus usa seus agentes proféticos.

Minha alma dói quando vejo pregadores e cantores evangélicos usando a igreja com uma postura profissional e desrespeitosa com o nosso Pai, pois a igreja não é uma boate, ou um clubezinho qualquer, pois ela foi comprada com o sangue de Jesus e merece mais amor e menos dinheiro.
PASTOR JOSÉ BARBOSA